PETER KAPRA
Ninguém na Base Experimental de Ouallene (Saara) podia acreditar no que pôde ser testemunhado no dia 22 de maio de 2219, às dez horas em ponto da manhã.Um homem caminhava em direção às casamatas antirradioativas, procedente da Zona Vermelha.Isto era como ver a terra abrir-se, surgir de uma coluna de fogo, o ar impregnando-se com cheiro de enxofre, e ver aparecer um demónio com rabo, chifres, patas de cabra e um tridente. Talvez fosse ainda mais incrível, porque na Zona Vermelha de Ouallene, uma extensão de mais de quinhentos quilómetros de deserto altamente radioativo, não podia sobreviver nem mesmo uma larva.