Gabriela Bins Gomes Da Silva
Este Livro Demonstra A Ausência De Neutralidade Do Sujeito Epistêmico Do Direito Do Trabalho A Partir De Um Olhar Decolonial Sobre As Margens Desprotegidas Desse Ramo Jurídico. A Pesquisa Apresenta Como Referenciais Teóricos Os Escritos Decoloniais E É Norteada Pelo Questionamento Acerca Da Possibilidade De Se Conciliar A Decolonização Da Proteção Jurídica Central Com A Valorização Das Conquistas Já Alcançadas. Afinal, Fortalecer O Direito Do Trabalho Também Significa Superar A Discussão Acerca Da Inclusão Ou Não De Determinadas Atividades No Emprego Protegido. A Teoria Clássica Do Direito Do Trabalho, De Matriz Eurocêntrica Que Elegeu A Relação De Emprego Como Categoria Fundamental , (Não) Lida Com A Invisibilidade De Inúmeros Trabalhadores Que Não Ocupam Seu Núcleo. No Decorrer Do Texto, Pôde Ser Observada A Permanência Da Lógica Colonial Na Manutenção De Desigualdades De Renda Entre Trabalhadores Do Norte E Do Sul E Na Concomitância De Todas As Formas De Trabalho, Quais Sejam: Trabalho Assalariado, Servidão, Pequena Produção Mercantil E Escravidão; Que Se Imbricam, Em Especial Na América Latina, Para Manutenção Do Sistema Capitalista. Resta Evidenciada A Necessidade De Um Movimento Ininterrupto De Identificação Da Hierarquização Dos Saberes, Poderes E Seres, A Fim De Combater As Reminiscências Do Processo De Colonização, O Que Pode Ser Feito A Partir Da Desconstrução De Saberes Consolidados Com A Concomitante Construção De Um Saber Epistemologicamente Localizado. 10